sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Um dia...

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que Partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses, anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo....
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:"Quem são aquelas pessoas?"
Diremos que eram nossos amigos e Isso vai doer tanto!-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente.
Quando o nosso grupo estiver incompleto, Reunir nos emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar nos emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder nos emos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: Não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

"Fernando Pessoa"
Dedicado àquelas pessoas especiais às quais eu tenho o hábito de chamar amigos.

2 comentários:

Joana disse...

queres-me por a chorar?
eu acredito que há amigos que duram para sempre e que, mesmo que não estejam juntos durante muito tempo, quando se voltam a encontrar é quase como se não tivesse passado tempo nenhum...

Porco Preto disse...

Eu também acredito que sim, mas quer queiramos, quer não, ha sempre um ou outro de que se perde contacto.